A reviravolta, atribuída ao consumo de gravações automáticas, demonstrou não só a competitividade acirrada entre os dois principais canais privados, mas também a crescente importância das novas formas de consumo de televisão.

Inicialmente, os dados provisórios apontavam para uma possível vitória da TVI, mas a inclusão do visionamento em diferido até sete dias após a emissão original (conhecido como Vosdal) alterou o resultado final.

A SIC comunicou oficialmente que se sagrou o canal mais visto pelo sétimo mês consecutivo, alcançando 14,6% de share, ligeiramente à frente dos 14,4% da TVI, enquanto a RTP1 se ficou pelos 10,3%. Este desfecho foi amplamente noticiado como uma vitória pessoal do diretor de programas da SIC, Daniel Oliveira, sobre o seu homólogo da TVI, José Eduardo Moniz, evidenciando a rivalidade que marca a gestão dos dois canais.

A situação sublinha uma mudança de paradigma na medição de sucesso televisivo, onde a liderança já não depende exclusivamente da audiência em direto.

A batalha, no entanto, continua renhida, com a TVI a mostrar força no início de outubro, vencendo os primeiros dias do mês e prometendo manter a pressão sobre a sua rival.