A morte de Francisco Pinto Balsemão, fundador da SIC e do Expresso, aos 88 anos, gerou uma profunda onda de consternação e homenagens no panorama mediático português, sublinhando o seu papel indelével na construção do jornalismo moderno e da televisão privada em Portugal. Figuras proeminentes da SIC, como Rodrigo Guedes de Carvalho, Bento Rodrigues e Clara de Sousa, recordaram um líder que era “muito mais do que um patrão”, destacando a sua visão, exigência e, acima de tudo, a defesa intransigente da liberdade de imprensa. Ricardo Araújo Pereira, humorista, ecoou este sentimento ao afirmar que, em duas décadas de colaboração, nunca sentiu qualquer tipo de censura, elogiando Balsemão por proteger os criadores para que pudessem trabalhar sem constrangimentos.
As homenagens estenderam-se a todas as áreas da estação, com jornalistas, apresentadores e técnicos a partilharem memórias de um homem que, apesar do seu estatuto, mantinha uma proximidade e um interesse genuíno pelo trabalho de todos.
Miguel Sousa Tavares descreveu-o como “o melhor patrão que tive até hoje”, porque tinha “no jornalismo como primeiro e único objetivo”.
A sua ousadia em lançar a primeira estação de televisão privada do país em 1992 foi recordada como um marco histórico que rompeu com o monopólio estatal e transformou para sempre o modo como os portugueses viam televisão. O seu legado é, assim, o de um visionário que não só moldou o jornalismo e a televisão, mas também fortaleceu os alicerces da democracia em Portugal, deixando uma marca de rigor, independência e inovação.
Em resumoO falecimento de Francisco Pinto Balsemão foi amplamente lamentado, com inúmeras personalidades a recordarem o seu papel pioneiro na fundação da SIC e do Expresso. As homenagens destacaram de forma unânime o seu compromisso com a liberdade de imprensa, a sua visão empreendedora e o seu impacto duradouro na comunicação social e na democracia portuguesa.