A produção nasceu de uma motivação pessoal do realizador e argumentista Márcio Laranjeira, cuja mãe foi vítima de violência doméstica, e de observações feitas durante o confinamento de 2020. O argumento foi desenvolvido após um longo processo de investigação, que incluiu conversas com instituições e sobreviventes.
Uma das preocupações centrais da série foi abordar o tema com responsabilidade, focando-se na resiliência e na força das mulheres, em vez de explorar a violência gráfica.
O objetivo, segundo Laranjeira, é "tirar estas mulheres do canto e colocá-las no centro", devolvendo-lhes o nome e a visibilidade.
A produção é elogiada por não apresentar as casas-abrigo como uma solução definitiva, mas como um refúgio essencial, refletindo a complexidade da realidade destas mulheres, que, apesar de seguras, se sentem "presas, despersonalizadas" e anónimas.














