A União Europeia de Radiodifusão (UER) anunciou um conjunto de alterações significativas nas regras de votação do Festival Eurovisão da Canção, que entrarão em vigor a partir da edição de 2026. As medidas, que surgem após um “amplo processo de consulta” aos membros, incluindo a RTP, visam reforçar a “confiança, a transparência e o envolvimento do público” no evento, em resposta a polémicas recentes. Entre as principais mudanças está a redução do número máximo de votos que cada espectador pode submeter, passando de vinte para dez.
Outra alteração de relevo é o regresso dos júris profissionais às semifinais, um sistema que não era aplicado desde 2022.
Com esta medida, a decisão sobre os finalistas voltará a ser partilhada, com uma repartição de “aproximadamente 50/50 entre os votos do júri e do público”, tanto nas semifinais como na grande final.
Além disso, a composição dos júris nacionais será alargada de cinco para sete elementos, que deverão representar uma “variedade de experiências profissionais” ligadas à música e assinar um compromisso de imparcialidade.
Estas atualizações são uma resposta direta às controvérsias que marcaram as últimas edições, nomeadamente as que envolveram as pontuações do televoto atribuídas a Israel, e procuram equilibrar o peso da opinião popular com a avaliação de especialistas da indústria musical.
Em resumoAs novas regras de votação da Eurovisão representam um esforço da UER para restaurar a credibilidade do concurso, equilibrando o poder do televoto com o do júri profissional. Ao reduzir o limite de votos por espectador e reintroduzir os júris nas semifinais, a organização procura mitigar o impacto de votações politicamente motivadas e garantir um sistema que seja percebido como mais justo e transparente.