Discovery, num negócio monumental que promete redefinir o panorama global do entretenimento e do streaming.
Esta fusão histórica, avaliada em cerca de 71 mil milhões de euros (aproximadamente 82,7 mil milhões de dólares incluindo dívida), caso seja aprovada pelas entidades reguladoras, colocará sob a mesma alçada catálogos icónicos como os da HBO, DC Comics e os estúdios Warner Bros. A magnitude da operação é sem precedentes na indústria do streaming, unindo a maior plataforma mundial, com mais de 300 milhões de subscritores, à terceira maior, a HBO Max, com 128 milhões.
O acordo confere à Netflix a posse de algumas das mais valiosas propriedades intelectuais do mundo, incluindo as sagas “Harry Potter”, “A Guerra dos Tronos”, “O Senhor dos Anéis”, e todo o universo cinematográfico da DC.
Perante as naturais preocupações sobre o futuro de marcas tão estabelecidas, o Co-CEO da Netflix, Greg Peters, garantiu que o objetivo não é desvalorizar os ativos adquiridos. “Não comprámos esta empresa para destruir esse valor”, afirmou Peters, acrescentando que a intenção é permitir que a HBO “continue a apostar nas coisas que as pessoas gostaram ao longo dos últimos 50 anos”.
A empresa considera oferecer o conteúdo da HBO Max através de um novo separador na sua plataforma, possivelmente num novo plano de subscrição.
No entanto, a aquisição gerou inquietação em Hollywood e em Washington.
O ex-presidente Donald Trump e senadores como Elizabeth Warren manifestaram preocupação com a excessiva concentração do setor, que poderia levar a um aumento dos preços para os consumidores, à redução da escolha e a um impacto negativo no emprego e na exibição de filmes em salas de cinema.
O negócio ainda enfrenta um escrutínio regulatório rigoroso e uma oferta concorrente da Paramount, o que adiciona incerteza à sua conclusão.














