O vencedor de 2024, Nemo, chegou a devolver o seu troféu em protesto.

Em Portugal, a RTP comunicou que iria participar, justificando ter votado a favor de uma alteração das regras para "reforçar a confiança e a transparência".

Esta posição foi recebida com forte oposição.

Um grupo de 17 músicos e intérpretes, incluindo nomes como Cristina Branco e Bateu Matou, declarou publicamente que se recusaria a representar o país caso vencesse o Festival da Canção.

Paralelamente, foi lançada uma petição pública, que rapidamente reuniu milhares de assinaturas, exigindo a "retirada imediata" de Portugal do concurso.

A contestação estendeu-se aos próprios trabalhadores da RTP, que aprovaram uma moção em plenário condenando a decisão da administração e instando-a a reavaliar a sua posição. Salvador Sobral, vencedor da Eurovisão em 2017, juntou-se às críticas, classificando a postura da RTP como "cobardia política" e lamentando que a estação "tenha medo de fazer a coisa certa". A situação expõe um profundo fosso entre a decisão institucional da emissora pública e o sentimento de uma parte significativa da comunidade artística e da sociedade civil, que veem a participação como uma legitimação das ações de Israel.