O falecimento da atriz Glória de Matos, aos 89 anos, representa a perda de uma figura central do teatro e da televisão em Portugal, cuja carreira de mais de seis décadas deixou uma marca indelével na cultura nacional. A artista, que morreu vítima de insuficiência cardíaca, foi uma presença constante e respeitada nos palcos e ecrãs portugueses, tendo iniciado a sua carreira em 1954. Foi uma das fundadoras da Casa da Comédia, ao lado de Fernando Amado, e a sua carreira teatral foi distinguida com prémios como o Prémio Imprensa pela sua interpretação em "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?". Na televisão, ficou na memória de várias gerações através da sua participação em produções icónicas como as telenovelas "Vila Faia", "Origens" e "Terra Mãe". Para além da sua faceta de intérprete, Glória de Matos dedicou uma parte significativa da sua vida ao ensino, tendo sido professora na Escola de Teatro do Conservatório Nacional, mais tarde Escola Superior de Teatro e Cinema, e na Universidade Aberta. A sua morte gerou uma onda de reações de pesar. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evocou-a como "uma grande pessoa", afirmando que "aqueles que a conheceram e se recordam dela, nunca mais a vão esquecer".
Manuel Luís Goucha recordou o fascínio que sentia ao ouvi-la falar, destacando o seu "requinte e fina ironia", bem como o seu profundo amor pelo marido, o apresentador Henrique Mendes.
Ana Marques também lamentou a notícia, recordando a união do casal.
A sua última atuação foi em 2017, na peça "Odeio-te, Meu Amor", no Teatro Nacional D. Maria II.
Em resumoGlória de Matos, falecida aos 89 anos, foi uma atriz e professora de referência em Portugal, com uma carreira notável no teatro, televisão e cinema. A sua morte foi lamentada por diversas figuras públicas, que recordaram o seu talento, a sua personalidade e a sua importante contribuição para a cultura portuguesa.