Discovery pela Netflix, um negócio que poderá redefinir o panorama global do streaming, gerou um intenso debate sobre o futuro do entretenimento e a concentração de poder na indústria.

A notícia da oferta da Netflix, avaliada em cerca de 71 mil milhões de euros, agitou o mercado, prometendo unir o seu catálogo com franchises icónicas da Warner, como Harry Potter, e o prestigiado conteúdo da HBO, incluindo "A Guerra dos Tronos".

No entanto, a corrida pela Warner Bros.

ganhou um novo capítulo com a entrada da Paramount Skydance, que apresentou uma oferta superior, descrita como "hostil", no valor de 108 mil milhões, transformando a disputa numa verdadeira "guerra milionária do streaming". A complexidade do negócio atraiu a atenção de figuras políticas, como o Presidente dos EUA, Donald Trump, que manifestou preocupação, afirmando que a fusão "pode ser um problema".

Do lado da Netflix, o co-CEO Greg Peters procurou acalmar os receios, garantindo que o objetivo não é desvalorizar os ativos adquiridos. “Não comprámos esta empresa para destruir esse valor”, afirmou, acrescentando que a Netflix quer que “a HBO continue a apostar nas coisas que as pessoas gostaram ao longo dos últimos 50 anos”. A empresa enviou mesmo um e-mail aos subscritores para dar as boas-vindas à Warner Bros., assegurando que, para já, nada muda nos preços ou no serviço HBO Max, embora admita a possibilidade de oferecer o conteúdo da HBO através de um novo separador na sua plataforma.

O desfecho desta batalha corporativa depende agora da decisão dos acionistas e da aprovação das entidades reguladoras.