Esta redução significativa deve-se a um boicote organizado por cinco emissoras públicas — Espanha, Irlanda, Países Baixos, Eslovénia e Islândia — em protesto contra a manutenção de Israel no concurso, face à ofensiva militar na Faixa de Gaza.

A controvérsia política tem dominado os preparativos do evento.

Os países que optaram pelo boicote consideram a sua participação incompatível com o elevado número de vítimas civis no conflito.

A polémica estendeu-se a Portugal, onde a maioria dos artistas selecionados para o Festival da Canção de 2026 anunciou que recusará representar o país na Eurovisão caso vença o concurso nacional.

Num comunicado conjunto, artistas como Cristina Branco e Bateu Matou afirmaram: "Não compactuamos com a violação dos Direitos Humanos".

Em contraste, a emissora pública austríaca ORF, anfitriã do evento, garantiu que não irá proibir bandeiras palestinianas na plateia nem utilizar mecanismos para abafar eventuais vaias durante a atuação de Israel, como aconteceu em edições anteriores.

Um produtor executivo afirmou: "A nossa tarefa é mostrar as coisas como elas são".

A União Europeia de Radiodifusão (UER) confirmou a lista de 35 participantes, destacando o regresso da Bulgária, Roménia e Moldávia, mas sem mencionar os boicotes, num claro sinal da tensão diplomática que envolve a celebração musical.