Esta nova ameaça representa uma evolução significativa na sofisticação do malware, abrindo uma nova frente no combate ao cibercrime.

De acordo com a análise da ESET, o PromptLock utiliza o modelo gpt-oss-20b da OpenAI, executado localmente através da API Ollama, para gerar scripts maliciosos em linguagem Lua.

Estes scripts permitem ao malware realizar diversas ações, como enumerar o sistema de ficheiros, extrair dados, encriptar informação ou até mesmo destruí-la, decidindo de forma autónoma qual a função a executar.

O ransomware foi desenvolvido em Golang, uma linguagem de programação multiplataforma que tem vindo a ganhar popularidade entre os criadores de malware, tendo sido identificadas variantes para Windows e Linux.

A principal característica disruptiva do PromptLock é a sua variabilidade.

Como os scripts são gerados por IA a partir de instruções pré-definidas, os indicadores de comprometimento (IoCs) podem mudar a cada execução, tornando a deteção por métodos tradicionais muito mais complexa.

Esta dinâmica representa um desafio acrescido para as equipas de cibersegurança, que terão de adaptar as suas estratégias defensivas. A descoberta surge num contexto em que a IA já é utilizada para criar campanhas de phishing mais credíveis e conteúdos deepfake, reduzindo a barreira de entrada para atacantes menos experientes. Embora o PromptLock ainda não tenha sido detetado em ataques reais, a sua existência demonstra como ferramentas de IA publicamente acessíveis podem ser aplicadas para criar uma nova geração de ransomware mais autónomo, imprevisível e perigoso.