O ataque, classificado como "zero-click", é particularmente perigoso porque não exige que o alvo clique num link ou abra um anexo para ser infetado.

Segundo Donncha Ó Cearbhaill, responsável de segurança da AmnestyTech, a campanha maliciosa não foi indiscriminada, visando especificamente jornalistas, trabalhadores de instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos. A exploração da vulnerabilidade, registada como CVE-2025-55177, resultou de uma combinação de falhas de segurança tanto no WhatsApp como nos sistemas operativos da Apple, o que levou ambas as empresas a lançarem atualizações de emergência.

A Meta, empresa-mãe do WhatsApp, confirmou que a falha afetava versões da aplicação para iOS anteriores à 2.25.21.73 e para macOS anteriores à 2.25.23.11.

A empresa está a notificar os utilizadores que possam ter sido vítimas e, como medida de segurança máxima, tem recomendado uma reposição total das definições do telemóvel para garantir a eliminação completa de qualquer software espião que possa ter sido instalado.

Este incidente sublinha a sofisticação crescente das ciberameaças e a importância crítica de manter todos os dispositivos e aplicações atualizados para proteção contra ataques direcionados e furtivos.