O setor da educação tornou-se o alvo principal de ciberataques a nível global, com um aumento alarmante de 41% no primeiro semestre de 2025, coincidindo com o período de regresso às aulas. Em Portugal, a situação é ainda mais grave, com um crescimento de 80% nos ataques semanais, expondo a vulnerabilidade das instituições de ensino e a necessidade urgente de reforçar a ciber-higiene. De acordo com a Check Point Research, as organizações educativas a nível mundial registaram uma média de 4.356 ataques semanais, um valor que em Portugal subiu para 5.488. A crescente digitalização do setor, aliada a recursos de cibersegurança frequentemente limitados e a uma base de utilizadores vasta e dispersa (estudantes, professores, pais), torna-o particularmente atrativo para os cibercriminosos.
A vulnerabilidade é agravada por práticas de segurança deficientes, como revelado por um estudo da NordPass, que identificou o uso de palavras-passe extremamente fracas como “123456” e “diretor@2021” em várias instituições.
Os ataques intensificam-se em períodos sazonais.
Só em julho de 2025, foram detetados mais de 18 mil novos domínios relacionados com a educação, sendo que um em cada 57 foi classificado como malicioso ou suspeito, na sua maioria ligados a campanhas de phishing. Estas campanhas utilizam iscos como falsas páginas de login de universidades para roubar credenciais e dados financeiros. Perante este cenário, os especialistas recomendam medidas preventivas urgentes, incluindo formação contra phishing, ativação de autenticação multifator (MFA), atualização regular de sistemas e a implementação de soluções de segurança que bloqueiem conteúdos maliciosos antes de chegarem aos utilizadores.
Em resumoCom um aumento drástico de ciberataques, o setor da educação é agora o mais visado a nível global, especialmente em Portugal. A combinação de maior digitalização, recursos limitados e falhas básicas de segurança, como palavras-passe fracas, cria um ambiente de alto risco que exige uma aposta séria em prevenção e formação.