A ameaça, identificada como CVE-2025-55177, foi explorada em conjunto com outra vulnerabilidade no sistema operativo da Apple, permitindo a instalação de spyware em dispositivos de alvos específicos. Segundo Donncha Ó Cearbhaill, responsável de segurança da AmnestyTech, os ataques, que decorriam desde o final de maio, visavam principalmente jornalistas e pessoas ligadas a instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos.

A natureza "zero-click" da vulnerabilidade torna-a particularmente perigosa, pois o utilizador não tem como se aperceber do ataque, que pode ser despoletado por uma simples chamada ou mensagem recebida, sem que seja necessário atender ou abrir.

A Meta, empresa-mãe do WhatsApp, já lançou atualizações de segurança para corrigir o problema e está a notificar os utilizadores que possam ter sido afetados. A recomendação para as vítimas é a reposição total das definições do telemóvel para garantir a eliminação completa de qualquer software malicioso. Este incidente reforça a crescente sofisticação dos ataques a plataformas de comunicação encriptadas e a importância de manter as aplicações e os sistemas operativos permanentemente atualizados para garantir a proteção contra ameaças emergentes.