Um estudo da Kaspersky revela que a maioria das empresas europeias (73%) depende de múltiplos fornecedores para a sua cibersegurança, uma abordagem fragmentada que gera complexidade, custos adicionais e falhas de segurança. A investigação sublinha uma tendência crescente para a consolidação de ferramentas como forma de aumentar a resiliência organizacional. A dependência de um ecossistema de segurança fragmentado acarreta desafios significativos. Cerca de 38% dos profissionais de segurança inquiridos consideram as suas infraestruturas "excessivamente complexas e demoradas de manter", o que compromete a agilidade na resposta a novas ameaças.
A sobreposição de soluções é outro problema, com 40% das empresas a reportarem gastos adicionais devido a ferramentas duplicadas. A falta de integração entre produtos de diferentes fornecedores impede a automação eficaz dos processos (apontada por 44% dos inquiridos) e cria pontos cegos na visibilidade das ameaças, com 30% a relatarem dificuldades na correlação de dados. Apesar destes problemas, a consolidação ainda enfrenta barreiras, nomeadamente o receio de dependência excessiva de um único parceiro tecnológico.
No entanto, a tendência de mudança é clara: 82% das organizações na Europa estão a avançar para a consolidação das suas ferramentas, com 54% a planear fazê-lo até 2027. Esta migração para plataformas unificadas e integradas reflete um amadurecimento das estratégias de cibersegurança, onde a simplificação operacional e uma visão holística das ameaças são vistas como cruciais para proteger os ativos críticos num cenário de ataques cada vez mais sofisticados.
Em resumoA maioria das empresas europeias utiliza soluções de cibersegurança de múltiplos fornecedores, o que, segundo um estudo da Kaspersky, resulta em maior complexidade, custos e riscos. A fragmentação dificulta a automação e a visibilidade das ameaças. Como resposta, mais de 80% das organizações planeiam consolidar as suas ferramentas de segurança nos próximos anos para aumentar a eficiência e a resiliência.