Este aumento alarmante é acompanhado por uma evolução nas técnicas de fraude, cada vez mais impulsionadas por inteligência artificial, que visam tanto empresas como utilizadores individuais.

De acordo com a consultora tecnológica Stratesys, os ataques digitais tornaram-se mais frequentes e complexos. Os cibercriminosos estão a recorrer a ferramentas de IA generativa para criar campanhas de engenharia social hiperpersonalizadas, como "deepfakes" de áudio e vídeo que imitam familiares ou gestores de empresas na chamada "fraude do CEO". Outras técnicas em ascensão incluem o roubo de tokens de sessão (Cookie Bite) e o uso de "infostealers" que capturam credenciais diretamente nos navegadores de forma silenciosa. O estudo da CyberNews revela um padrão demográfico interessante: enquanto os jovens entre os 25 e os 34 anos são o grupo mais visado em volume de tentativas de fraude, as perdas económicas mais significativas concentram-se nos maiores de 60 anos.

Em Portugal, o cenário é igualmente preocupante, com metade da população a ter sofrido uma tentativa de ciberataque no último ano.

Perante esta realidade, os especialistas sublinham que a proteção já não depende apenas de antivírus. A formação dos utilizadores e a criação de uma cultura de cibersegurança, com protocolos de verificação e desconfiança perante pedidos urgentes, tornaram-se a principal linha de defesa.