A tentativa, que representa uma escalada na tensão entre privacidade e segurança nacional, foi mais abrangente do que se pensava inicialmente.

A disputa remonta a fevereiro de 2025, quando o Home Office britânico emitiu uma ordem exigindo que a Apple notificasse as autoridades antes de lançar novas funcionalidades de encriptação. A Apple contestou a medida, argumentando que esta violava a legislação dos EUA, que proíbe as empresas de tecnologia de criar "backdoors" nos seus sistemas. A empresa alertou que a ordem do Reino Unido poderia criar um precedente perigoso, permitindo que governos autoritários exigissem acesso semelhante aos dados dos seus cidadãos. A nova revelação, consultada pelo Financial Times, indica que a ambição do governo britânico ia além da funcionalidade opcional de "Proteção Avançada de Dados", visando também os serviços padrão do iCloud usados pela maioria dos clientes. A situação tornou-se mais complexa após os EUA anunciarem um acordo que, supostamente, isentaria as empresas americanas de cumprir ordens de vigilância do Reino Unido que violassem a lei americana.

No entanto, o governo britânico parece ter contornado este acordo, mantendo a pressão sobre a Apple.

Este caso coloca em rota de colisão a Lei de Segurança Online do Reino Unido e as proteções de privacidade dos EUA, com implicações globais para a segurança dos dados dos utilizadores.