Um dos casos mais dramáticos, reportado pelo The Wall Street Journal, envolveu a consultora de engenharia Arup, que perdeu 25 milhões de dólares depois de um colaborador do seu escritório em Hong Kong ter sido convencido a realizar transferências bancárias durante uma videochamada em que participavam 'deepfakes' realistas de vários executivos da empresa.
Este não é um caso isolado.
Em 2024, só nos Estados Unidos, foram reportados mais de 105.000 ataques relacionados com 'deepfakes', representando um prejuízo superior a 200 milhões de dólares apenas no primeiro trimestre. A eficácia destes ataques reside na capacidade de criar uma ilusão de legitimidade quase perfeita, quebrando as resistências dos colaboradores.
A familiaridade com a voz ou a imagem de um superior hierárquico é muitas vezes suficiente para induzir uma ação impulsiva. Para mitigar estes riscos, os especialistas recomendam a implementação de medidas que vão além da tecnologia, como a autenticação multifatorial para pedidos sensíveis, a criação de protocolos de verificação com palavras-passe pré-combinadas e, crucialmente, a formação contínua das equipas para que consigam identificar sinais de manipulação digital.













