Um computador quântico, que utiliza partículas subatómicas para realizar cálculos supercomplexos, tornará obsoletos os sistemas de segurança atuais, baseados em problemas matemáticos que os computadores clássicos não conseguem resolver em tempo útil.
Segundo um estudo da Capgemini, 70% das organizações já estão a proteger os seus sistemas contra esta ameaça emergente, explorando algoritmos de PQC.
A principal preocupação são os ataques do tipo "harvest-now, decrypt-later" (recolher agora, decifrar depois), onde os atacantes armazenam dados encriptados hoje para os decifrar assim que a tecnologia quântica estiver disponível.
Em Portugal, a startup Entangled Space, sediada em Évora, está a desenvolver uma solução inovadora que não assenta na matemática, mas sim na física.
O projeto, liderado por Rui Semide, visa "manipular as propriedades de fotões" para criar chaves quânticas seguras, destinadas a clientes estratégicos como instituições governamentais ou militares.
A distribuição destas chaves será feita via satélite, uma vez que a transmissão por fibra ótica a longas distâncias é inviável.
Se tudo correr como previsto, o sistema da startup portuguesa estará operacional dentro de cinco a seis anos, um prazo alinhado com as previsões sobre a evolução da computação quântica.












