Os anúncios, que circulam em redes sociais como o Facebook, utilizam técnicas sofisticadas para aumentar a sua credibilidade.

Os vídeos manipulam imagens reais de discursos ou entrevistas das figuras visadas, sincronizando os seus movimentos labiais com áudios falsos gerados por IA que imitam as suas vozes. Nestes áudios, as figuras públicas parecem endossar pessoalmente as plataformas, alegando terem testado os sistemas e obtido lucros de milhares de euros por mês. Para reforçar a fraude, os anúncios direcionam os utilizadores para páginas que imitam a aparência de órgãos de comunicação social conhecidos, como a CNN ou a SIC Notícias, com artigos falsos que detalham o suposto sucesso das plataformas. Esta tática visa explorar a confiança do público tanto nas figuras públicas como nos meios de comunicação para levar as vítimas a registarem-se e a fornecerem os seus dados financeiros. As autoridades alertam que se trata de um embuste e que os vídeos foram manipulados, sendo este um exemplo crescente da utilização de IA para fins criminosos, dificultando a distinção entre conteúdos genuínos e falsificados.