Este crescimento sem precedentes está a criar novas e mais sofisticadas formas de fraude, visando tanto cidadãos como empresas e tornando a deteção de ameaças cada vez mais desafiadora. De acordo com relatórios recentes, o uso de IA por parte de cibercriminosos está a potenciar uma variedade de ataques. A tecnologia é utilizada para criar deepfakes de vídeo e áudio extremamente convincentes, usurpando a identidade de familiares, colegas ou figuras públicas para enganar as vítimas. Além disso, a IA generativa permite a criação de e-mails de phishing e outras mensagens fraudulentas altamente personalizadas e sem os erros gramaticais que antes denunciavam as burlas. O impacto é visível nos números: só nos primeiros seis meses de 2025, foram expostas cerca de 16 mil milhões de credenciais a nível mundial, o maior número alguma vez registado. Para Javier Castro, diretor de cibersegurança da Stratesys, "cada credencial exposta pode ser a porta de entrada para novos ataques, criando um efeito dominó".
Em Portugal, os ciberataques já causaram prejuízos estimados em 10 mil milhões de euros em 2024.
Perante esta nova realidade, especialistas sublinham que a cibersegurança já não é apenas uma questão tecnológica, mas uma responsabilidade partilhada que exige uma cultura de prevenção e a adoção de medidas robustas como a autenticação multifator (MFA).














