Estes eventos sublinham a necessidade de uma abordagem robusta e integrada à cibersegurança para proteger dados sensíveis e garantir a continuidade das operações.

A Jaguar Land Rover foi vítima de um ataque que paralisou a sua produção global e resultou na confirmação do roubo de dados. O incidente, reivindicado por grupos de hackers como Scattered Spider e Shiny Hunters, expôs a vulnerabilidade da cadeia de abastecimento automóvel, com especialistas a temerem a falência de fornecedores devido à interrupção prolongada.

O governo britânico reconheceu o “impacto significativo” do ataque.

Em contraste, mas ilustrando a mesma necessidade de segurança, a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD) implementou, com a ajuda da tecnológica Warpcom, um projeto de um milhão de euros para modernizar a sua infraestrutura de rede. A iniciativa visou reforçar a segurança e a conformidade com regulamentações como a Diretiva NIS2 e o RGPD, gerindo de forma automatizada mais de 80 mil dispositivos, incluindo equipamentos médicos. Sérgio Ferreira, da SGS, alertou no evento Agroglobal que “independentemente do sector de atividade, todas as organizações estão hoje expostas aos mesmos riscos tecnológicos”, destacando a importância da resiliência digital e da avaliação de fornecedores, especialmente com as novas exigências da Diretiva NIS2.