Especialistas alertam que a manipulação de narrativas se tornou tão relevante como a capacidade de executar um ciberataque técnico. António Gameiro Marques, ex-diretor do Centro Nacional de Cibersegurança, classificou a desinformação como “o maior cancro que podemos ter na internet”, sublinhando que os desafios da IA neste campo são de natureza política e ética, e não apenas técnica.

A facilidade com que se produzem deepfakes e se utilizam bots para manipular a opinião pública constitui uma séria ameaça, especialmente em contextos eleitorais.

Bruno Castro, CEO da VisionWare, reforça esta visão, afirmando que “a guerra moderna já não se combate apenas com tanques, mísseis e soldados no terreno.

Inevitavelmente, as batalhas também se desenrolam nos ecrãs, nos algoritmos e nas narrativas”.

Segundo Castro, “a forma como as histórias são contadas, percebidas e manipuladas são agora tão relevantes como a capacidade de realizar um ciberataque”. Para combater esta ameaça, empresas como a VisionWare oferecem serviços de Strategic Intelligence, que permitem antecipar cenários de ameaça e identificar padrões de risco decorrentes de campanhas de desinformação. Esta abordagem preventiva é crucial, pois permite criar respostas antes que uma crise de credibilidade se instale, protegendo as bases da democracia e a estabilidade social.