Alexandre Fonseca, da CIP, enfatiza que a segurança digital é um tema estratégico e que qualquer investimento deve estar "assente numa estratégia definida a partir do topo, com métricas e satisfação dessas métricas". Fonseca alerta que a preparação das empresas, especialmente as PME, vai além do investimento financeiro, sendo fundamentalmente uma questão cultural.

“É preciso estratégia e uma cultura de segurança. O fator humano é relevante mas a empresa deve ter essa cultura de segurança e que essa cultura seja fomentada pela liderança”, destacou.

Bruno Castro, CEO da Visionware, partilha desta visão, aconselhando as empresas a implementarem "o modelo de governação de segurança à vossa medida", com o "envolvimento obrigatório do top management". Adverte ainda contra a compra de soluções milagrosas, recomendando que as empresas adquiram segurança adequada às suas necessidades específicas. Miguel Almeida, da Cisco, reforça a necessidade de as empresas portuguesas definirem os seus modelos de governação olhando para o mercado global.

A nova legislação europeia, como a NIS2, também vem reforçar esta necessidade, prevendo uma "maior responsabilização dos gestores", o que torna a formação e a literacia digital prioridades inadiáveis para as lideranças.