O incidente não só acarreta perdas financeiras massivas para a fabricante, como também ameaça a sobrevivência de pequenos e médios fornecedores que dependem da sua operação.
A interrupção da produção, que se arrasta desde o início de setembro, está a causar prejuízos estimados em cinco milhões de libras por dia. A incapacidade da JLR de fabricar veículos tem um efeito cascata sobre a sua vasta rede de fornecedores. David Bailey, professor de economia, alertou para o risco de empresas irem "abaixo e empregos a perderem-se", uma vez que a cadeia de abastecimento da JLR envolve cerca de 250 mil pessoas.
Andy Palmer, antigo diretor da Aston Martin, foi mais longe, afirmando: "Alguns dos fornecedores vão à falência.
Não ficaria nada surpreendido por ver falências".
Esta previsão sombria já se materializa, com um pequeno fornecedor a admitir ter despedido 40 pessoas, metade da sua força de trabalho, devido à paragem. A situação é tão crítica que um funcionário de um grande fornecedor revelou que não se prevê o regresso à normalidade antes do final de setembro.
O governo britânico reconheceu o "impacto significativo" do incidente e afirmou estar em contacto diário com a empresa e especialistas em cibernética para resolver o problema, que também pode ter comprometido dados da empresa.














