A falha nos sistemas informáticos forçou os aeroportos a recorrer a processos manuais, descritos como “papel e caneta”, resultando em longas filas, atrasos e cancelamentos de voos. O aeroporto de Bruxelas foi o epicentro das perturbações, mas os impactos estenderam-se rapidamente a outros grandes centros como Heathrow, em Londres, e Berlim-Brandemburgo. Em Portugal, o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, também foi afetado, com a TAP a confirmar o cancelamento de várias ligações.
A Check Point Research, uma empresa de cibersegurança, alertou que o setor de Transportes e Logística tem sido um alvo cada vez mais atrativo, enfrentando uma média de 1.143 ciberataques semanais por organização.
Rui Duro, Country Manager da Check Point Software em Portugal, destacou a estratégia dos criminosos: “Os cibercriminosos estão a explorar deliberadamente o ponto mais fraco da aviação: a sua cadeia de fornecimento interligada.
Um único fornecedor comprometido pode paralisar dezenas de aeroportos e companhias aéreas de uma só vez.” A escolha de atacar durante o fim de semana também é deliberada, aproveitando a redução das equipas de TI e segurança para maximizar o caos, que se prolonga até aos períodos de maior tráfego aéreo. Este evento sublinha a necessidade urgente de o setor tratar a resiliência cibernética com a mesma seriedade que a segurança física dos passageiros.














