A ofensiva das gigantes tecnológicas marca uma nova fase no conflito regulatório com Bruxelas sobre a abertura dos seus ecossistemas.
A Apple, numa contribuição oficial para uma consulta da Comissão Europeia, exigiu que a DMA “seja revogada e substituída por um texto legislativo mais adequado”, propondo, como alternativa, a criação de uma agência reguladora distinta da Comissão.
A empresa alega que a lei a obriga a privar os consumidores europeus de funcionalidades inovadoras, como a tradução automática “ao vivo” nos novos Airpods Pro 3, e que a abertura a lojas de aplicações e sistemas de pagamento alternativos expõe os utilizadores a riscos de segurança e privacidade que não existem na sua App Store. Greg Joswiak, vice-presidente de marketing da Apple, afirmou que os reguladores europeus querem “tirar a magia” da experiência integrada da marca.
A empresa também apontou que a DMA tornou aplicações pornográficas acessíveis nos iPhones, com riscos para as crianças.
Poucos dias depois, a Google juntou-se às críticas, pedindo um “reset” urgente às regras, alegando que, em vez de promover a concorrência, a legislação está a prejudicar consumidores e empresas. Este posicionamento alinhado das duas maiores empresas de tecnologia reflete uma oposição frontal à filosofia europeia de concorrência, que colide com o modelo de ecossistema fechado que ambas construíram.














