Esta é uma das principais conclusões do estudo "IT Future Trends 2035", desenvolvido pela Compuworks, que traça um retrato preocupante da maturidade digital e da resiliência do tecido empresarial nacional. O estudo, que contou com a participação de líderes de IT, revela uma elevada perceção de vulnerabilidade: 76% dos inquiridos acreditam que a sua organização poderá sofrer um ciberataque material até 2035, e 58% admitem não estar preparados para responder eficazmente a um incidente.

Estes receios são fundamentados pela experiência recente, com 67% das empresas a reportarem perdas materiais de dados no último ano.

A regulação, como as diretivas NIS2 e DORA, é vista como um fator decisivo para acelerar a transição para uma postura de segurança mais robusta.

O estudo também destaca a importância da ciberdefesa a nível europeu, com 74% dos líderes a considerá-la "decisiva para garantir a soberania digital".

Apesar da consciência do risco, a adoção de soluções avançadas como XDR ou Zero Trust ainda é incipiente, com metade das empresas a nunca ter implementado estas arquiteturas.

A Inteligência Artificial é vista como uma ferramenta crucial, com 83,15% a defenderem o investimento em IA para reforçar a cibersegurança. O relatório sublinha que a cibersegurança deixou de ser uma questão meramente técnica para se tornar um fator essencial para a continuidade e sobrevivência dos negócios em Portugal.