Esta tendência é destacada num relatório da Allianz Commercial, que alerta para um aumento esperado da atividade criminosa, especialmente a partir da Black Friday.

O relatório "Cyber Security Resilience Outlook" indica que, embora a frequência de grandes sinistros em empresas seguradas pela Allianz tenha diminuído, o risco global não diminuiu, apenas se deslocou.

As PMEs, com sistemas de segurança menos sofisticados e menos recursos para investir em ciberdefesa, tornaram-se o foco principal. Segundo dados da Verizon citados no relatório, o ransomware esteve envolvido em 88% das violações de dados em PMEs, em comparação com 39% nas grandes empresas.

O ransomware continua a ser a principal causa de perdas, representando 60% do valor dos grandes sinistros cibernéticos.

Os ataques evoluíram para técnicas de dupla extorsão, que combinam a encriptação com o roubo de dados, aumentando a pressão sobre as vítimas. De facto, 40% das grandes reclamações em 2025 incluíram roubo de dados, um aumento face aos 25% de 2024, com um custo médio significativamente mais elevado.

Michael Daum, da Allianz Commercial, adverte: "Cada minuto que um invasor permanece no sistema aumenta exponencialmente o impacto".

A indústria transformadora, os serviços profissionais e o retalho são os setores mais afetados, e os ataques através da cadeia de abastecimento digital continuam a ser uma porta de entrada crítica.