Este novo paradigma regulatório esteve no centro do debate da Digital Operational Resilience Summit (DORS), uma conferência organizada pela NOS que reuniu especialistas nacionais e internacionais em Lisboa.

O evento focou-se na necessidade de as empresas elevarem a sua maturidade em cibersegurança para cumprir os novos requisitos, que abrangem áreas como a gestão de risco de terceiros, a arquitetura Zero Trust e a resiliência contra ransomware. Manuel Ramalho Eanes, Administrador da NOS, sublinhou a importância do evento como um "espaço de conhecimento e de debate no cruzamento da cibersegurança e compliance". A diretiva NIS2, em particular, introduz requisitos mínimos de segurança para um leque mais vasto de entidades, com coimas que podem atingir até 10 milhões de euros ou 2% do volume de negócios anual em caso de incumprimento.

O estudo "IT Future Trends 2035" da Compuworks reforça esta preocupação, indicando que a maioria das empresas portuguesas admite não estar preparada para responder a um ciberataque. Durante a conferência, especialistas destacaram que a questão já não é "se, mas quando uma organização vai sofrer um ciberataque", tornando a resiliência operacional uma parte essencial da estratégia de negócio e um "exercício de cidadania corporativa".

A NOS, enquanto organizadora, encara positivamente os novos regulamentos como uma oportunidade para aumentar a resiliência do tecido empresarial português.