A medida, que entrará em vigor a 16 de dezembro, levanta sérias preocupações sobre a privacidade num ecossistema que já integra o Facebook, Instagram e WhatsApp.

A nova política representa uma nova fronteira na recolha de dados, transitando da monitorização da atividade do utilizador para a análise de conversas diretas com o assistente Meta AI.

Segundo a empresa, as interações em plataformas como o WhatsApp e o Messenger influenciarão os anúncios e conteúdos exibidos no Facebook e Instagram.

A empresa de Mark Zuckerberg garante que temas sensíveis, como opiniões políticas, religião ou orientação sexual, serão excluídos deste processo.

A estratégia insere-se num plano mais vasto de personalização que visa, até 2026, implementar um serviço de geração e distribuição totalmente automatizado de anúncios.

Esta abordagem aprofunda a integração da IA no modelo de negócio da Meta, que depende largamente da publicidade direcionada.

Contudo, a medida não será aplicada na União Europeia, no Reino Unido e na Coreia do Sul, onde regulamentações de privacidade mais rigorosas, como o RGPD, proíbem este tipo de prática. A decisão de excluir estas regiões evidencia o crescente fosso regulatório entre diferentes mercados e a pressão que as leis de proteção de dados exercem sobre as gigantes tecnológicas.