Esta nova frente de conflito utiliza táticas cada vez mais sofisticadas, incluindo o uso de inteligência artificial, para fins de espionagem, sabotagem e desinformação. A escalada de hostilidades digitais é evidente em múltiplas frentes. O Ministério da Segurança do Estado da China acusou publicamente a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) de orquestrar um "grande ciberataque" contra o seu Centro Nacional de Serviço de Horário, uma infraestrutura crítica.
Em paralelo, uma análise da Microsoft revelou que os ciberataques russos contra países da NATO aumentaram 25% num ano, com a Rússia a recorrer ao ecossistema do cibercrime para atacar pequenas empresas em nações aliadas. O relatório da Microsoft também destaca a crescente atividade de outros atores estatais, como o Irão e a Coreia do Norte, que visam indústrias e regiões estratégicas.
Taiwan encontra-se sob pressão constante, sofrendo uma média de 2,8 milhões de ataques informáticos por dia, operações que o seu Gabinete de Segurança Nacional atribui a uma "rede coordenada" e a um "exército cibernético" chinês. A utilização de Inteligência Artificial (IA) tornou-se um fator multiplicador nestas campanhas, permitindo automatizar e melhorar a eficácia de fraudes online, disseminar desinformação e penetrar em sistemas sensíveis. A Microsoft identificou mais de 200 casos de agentes estrangeiros a usar IA para criar conteúdos falsos, um número que duplicou em relação ao ano anterior.













