A conclusão consta no 'Threat Landscape Report' da Thales, que identificou 14 incidentes em entidades portuguesas neste período, refletindo uma intensificação da atividade de cibercrime no país.

O relatório destaca o grupo Akira como a ameaça mais proeminente em território nacional, com três ataques registados.

Seguem-se os grupos Nightspire, Nitrogen e Warlock, cada um com dois ataques, o que demonstra uma diversificação dos atores maliciosos a operar em Portugal.

Esta tendência nacional acompanha um crescimento global de 29,7% neste tipo de ataques, com os Estados Unidos e o Canadá a liderarem o 'ranking' mundial.

Na Europa, os países mais afetados são a Alemanha, o Reino Unido e a Itália.

O setor industrial continua a ser o mais visado a nível global, com 1.318 ataques, seguido pela consultoria e pelo setor de serviços, o que, segundo a Thales, reflete “a especial vulnerabilidade das indústrias críticas e daquelas com um elevado nível de digitalização”.

O relatório alerta ainda para o aumento da sofisticação e frequência dos ataques, bem como para a adaptação contínua das estratégias dos grupos de 'ransomware'. O cenário geopolítico, marcado por conflitos internacionais, transformou o ciberespaço num “campo de batalha híbrido”, com os setores da energia e da saúde a registarem um maior aumento de operações maliciosas devido ao seu papel como serviços essenciais.