Segundo a investigação da PJ, a atividade ilícita decorria desde 2018.

O suspeito acedia de forma não autorizada ao sistema informático da empresa sediada na Alemanha, onde se apropriava do software e manipulava as suas atualizações.

Posteriormente, vendia o programa pirateado, que é utilizado para controlar aparelhos em clínicas médicas por todo o mundo.

Este caso destaca a crescente vulnerabilidade do setor da saúde a ciberataques, não apenas através de ransomware que visa hospitais, mas também através da pirataria de propriedade intelectual que afeta fabricantes de tecnologia médica. A apropriação e venda de software especializado não só causa prejuízos financeiros significativos à empresa vítima, como também pode colocar em risco a segurança e o correto funcionamento de equipamentos médicos, com potenciais consequências para os pacientes.

A ação da PJ evidencia a capacidade das autoridades portuguesas para investigar crimes transnacionais complexos no ciberespaço, que envolvem apropriação de segredos comerciais e fraude informática em larga escala.

O valor avultado dos lucros obtidos pelo suspeito demonstra a rentabilidade deste tipo de crime, tornando-o um alvo atrativo para cibercriminosos.