A Comissão Europeia anunciou a abertura de duas investigações para avaliar se a Amazon Web Services e o Microsoft Azure "atuam como importantes portas de entrada entre empresas e consumidores", justificando a sua designação como 'gatekeepers' mesmo que não cumpram todos os limiares quantitativos estipulados na Lei dos Mercados Digitais (DMA). Adicionalmente, foi lançada uma terceira investigação para determinar se a própria DMA "consegue lidar de forma eficaz com práticas que possam limitar a competitividade e a equidade no setor da computação em nuvem na UE". A instituição sublinhou a importância estratégica deste setor, afirmando que "a computação em nuvem é a espinha dorsal de muitos serviços digitais e essencial para o desenvolvimento da IA". Para Bruxelas, é imperativo que estes serviços sejam prestados "num ambiente justo, aberto e competitivo" para promover a inovação e a autonomia estratégica da Europa.

A Lei dos Mercados Digitais, em vigor desde novembro de 2022, visa regular as grandes plataformas digitais que controlam ecossistemas inteiros, impondo obrigações para garantir mercados mais equitativos.

Se a Amazon e a Microsoft forem designadas como 'gatekeepers' pelos seus serviços de cloud, terão seis meses para se adaptarem à legislação.

As investigações deverão ser concluídas no prazo de um ano, marcando um passo significativo na aplicação da regulação europeia a um dos setores mais críticos e concentrados da tecnologia.