O governo de Moçambique, através do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), emitiu um apelo urgente para que todas as entidades públicas e privadas criem as suas próprias equipas de resposta a incidentes de segurança cibernética (CSIRTs). A iniciativa surge num contexto de crescente dependência de sistemas digitais vulneráveis e de um aumento de 16% nos crimes cibernéticos no país no último ano. Durante a abertura da Semana Internacional de Segurança Cibernética em Maputo, o presidente do INTIC, Lourino Chemane, sublinhou a importância vital da proteção de infraestruturas críticas. "A proteção de infraestruturas críticas de informação abrangendo os setores-chave é vital para o funcionamento do fluxo dos serviços essenciais à sociedade e à economia do nosso país", afirmou.
Chemane exortou as entidades a estabelecerem "com prioridade" mecanismos operacionais para lidar com incidentes, destacando a vulnerabilidade dos setores estratégicos nacionais.
Para reforçar a cooperação internacional e a resiliência regional, foi assinado um memorando de entendimento com o Togo.
Esta parceria visa fortalecer a colaboração entre os CSIRTs dos dois países, com foco na partilha de informação sobre ameaças emergentes. Segundo Chemane, o acordo está alinhado com a Política Nacional de Segurança Cibernética de Moçambique e com o objetivo de construir um "ecossistema digital africano mais seguro e resiliente". A procuradora-geral adjunta, Amabélia Chuquela, já tinha alertado para o aumento dos crimes cibernéticos, como fraudes com pagamentos eletrónicos e burla informática, justificando o cenário com a insuficiência de meios e de sensibilização pública.
Em resumoFace a um aumento de 16% no cibercrime, Moçambique apela à criação prioritária de equipas de resposta a incidentes (CSIRTs) em todas as instituições. A medida visa proteger infraestruturas críticas e foi reforçada com um acordo de cooperação com o Togo para partilha de informações sobre ameaças, fortalecendo a resiliência digital a nível nacional e regional.