A medida gerou perturbações operacionais globais, afetando inúmeras companhias aéreas, incluindo a TAP.

A falha foi descoberta após a análise de um incidente ocorrido a 30 de outubro num voo da JetBlue, que teve de realizar uma aterragem de emergência. A investigação concluiu que “a intensa radiação solar pode corromper dados essenciais para o funcionamento dos controlos de voo”.

O problema afeta um dispositivo específico, o ELAC (Elevator Aileron Computer), fabricado pela Thales, embora este fornecedor tenha esclarecido que não é responsável pelo software em questão.

A vulnerabilidade levou a que, durante a fase de cruzeiro, a aeronave se inclinasse subitamente para baixo sem qualquer intervenção dos pilotos.

A Airbus solicitou a todas as companhias aéreas que utilizam o software vulnerável que “suspendam imediatamente os seus voos”. A empresa reconheceu que as recomendações causariam “interrupções operacionais para os passageiros e clientes”, pedindo desculpa pelo incómodo.

A solução varia consoante a aeronave: para a maioria, uma atualização de software demorará “algumas horas”, mas para cerca de mil aeronaves, será necessária a troca do hardware do computador, um processo que “levará semanas”.

Companhias como a American Airlines e a Iberia confirmaram ter iniciado os procedimentos de atualização, enquanto a United Airlines afirmou não ser afetada. A TAP também foi reportada como uma das companhias aéreas afetadas, mas assegurou que não haveria cancelamento de voos.