A IA não só potenciará as defesas, mas também se tornará uma arma poderosa nas mãos de cibercriminosos, tornando os ataques mais rápidos e difíceis de detetar.

Diversos relatórios de previsões para 2026 convergem na análise do impacto da IA. A Zscaler antecipa o auge da “IA agentiva” e o uso não autorizado de ferramentas de IA por parte dos funcionários (a chamada “IA na sombra”) como fatores que aumentarão as possibilidades de fuga de informações. A empresa considera que as organizações devem tratar as ferramentas de IA como se fizessem parte da própria força de trabalho, aplicando princípios de Zero Trust não só a pessoas, mas também a sistemas automatizados.

A NordVPN, por sua vez, alerta para ataques acelerados por IA, com sistemas autónomos como o “Evil-GPT” já a circular na dark web por valores reduzidos, tornando o cibercrime mais acessível e eficiente.

A Check Point corrobora esta visão, afirmando que “a competição será entre agentes autónomos maliciosos e agentes autónomos defensivos” e adverte para o risco de manipulação de modelos através de técnicas como “prompt injection” e “data poisoning”. Um artigo de opinião reforça a gravidade do cenário, indicando que, entre 2023 e 2024, a utilização de IA generativa em ciberataques disparou 600%, permitindo ataques mais elaborados como deepfakes realistas e campanhas de phishing em larga escala.