A investigação foca-se na restrição de acesso ao chip NFC (Near Field Communication) dos iPhones, uma tecnologia essencial para pagamentos 'contactless'. O processo, que teve início a 10 de dezembro, visa determinar se a Apple está a favorecer injustamente a sua própria solução de pagamentos, o Apple Pay, ao impedir que outras aplicações e serviços financeiros utilizem plenamente a funcionalidade NFC nos seus dispositivos. Esta restrição significa que bancos e outras empresas de tecnologia financeira não podem criar as suas próprias carteiras digitais que compitam diretamente com o Apple Pay em termos de experiência de utilização em terminais de pagamento físicos.
A investigação suíça segue-se a preocupações semelhantes levantadas pela União Europeia, que também tem examinado as práticas da Apple neste domínio.
A questão central é se o controlo exclusivo da Apple sobre o chip NFC constitui uma barreira à concorrência, limitando a escolha do consumidor e a inovação no setor dos pagamentos móveis.
O acesso ao hardware seguro, como o chip NFC, é um ponto crítico na intersecção entre a concorrência de mercado e a cibersegurança.
Enquanto a Apple argumenta que as suas restrições são necessárias para garantir a segurança e a privacidade dos dados de pagamento dos utilizadores, os reguladores procuram garantir que estas medidas de segurança não são usadas como pretexto para sufocar a concorrência. O resultado desta investigação poderá ter implicações significativas, não só para a Apple na Suíça, mas também como um precedente para outras jurisdições que analisam o poder das grandes empresas de tecnologia sobre os seus ecossistemas de hardware e software.












