O objetivo central do projeto é desenvolver um terminal 5G bidirecional, integrado num CubeSat 3U, que orbitará a cerca de 500 quilómetros de altitude. Esta tecnologia permitirá que o satélite mantenha uma ligação quase contínua com a rede terrestre, um avanço significativo face às soluções atuais, que dependem fortemente de estações em terra e têm janelas de comunicação limitadas.
O sistema baseia-se em software de código aberto e na tecnologia Software Defined Radio (SDR), funcionando num chip RFSoC da AMD.
A iniciativa tira partido da infraestrutura 5G terrestre existente e dos padrões definidos pelo 3GPP para Redes Não Terrestres (NTN).
O projeto, que conta com a colaboração de investigadores do IST NanosatLab e da Universidade do Luxemburgo, está atualmente na sua segunda fase, focada no desenvolvimento de hardware e em testes em solo. Para tal, estão a ser instaladas estações gNB em três locais em Portugal — Aveiro, Monchique e Porto Santo — que assegurarão a ligação com o futuro satélite. Uma demonstração bem-sucedida, realizada em abril, já provou a capacidade de um protótipo transmitir vídeo em tempo real para um computador em terra.
O lançamento do satélite, previsto para 2027, marcará a fase final de validação e o início de uma nova era para as comunicações móveis via satélite, abrindo oportunidades para setores como a indústria, a agricultura e a proteção civil.













