O acordo prevê que a UE compre energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares, invista 600 mil milhões de dólares adicionais nos EUA e aumente as suas aquisições de equipamento militar americano. Em troca, evita-se a ameaça de tarifas de 30% a 50% que entrariam em vigor a 1 de agosto. As reações no seio da UE foram díspares, refletindo as diferentes perspetivas sobre a relação transatlântica. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, foi um dos críticos mais veementes, afirmando que "não foi Donald Trump que concluiu um acordo com Ursula von der Leyen, foi antes Donald Trump que 'comeu Ursula von der Leyen ao pequeno-almoço'". Em França, o acordo foi classificado como "desequilibrado", enquanto a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considerou-o "sustentável", embora juridicamente não vinculativo. Em Portugal, o líder do PS, José Luís Carneiro, admitiu que "não é o ideal, mas o possível", e o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, elogiou o pacto por "estabilizar o comércio com os Estados Unidos". Analistas, como o Coronel Nuno Pereira da Silva, descreveram o resultado como uma derrota para a Europa, afirmando que o acordo representa "um desvio brutal de recursos que deveriam ser investidos na base industrial e tecnológica de defesa europeia".
