Macron justificou a sua decisão como parte do "compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Médio Oriente", sublinhando a necessidade de um cessar-fogo imediato em Gaza e a desmilitarização do Hamas. A reação de Israel foi imediata e hostil, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a afirmar que a medida "recompensa o terror" e arrisca criar "mais um agente iraniano". Os Estados Unidos também criticaram a decisão, classificando-a como "irresponsável". Por outro lado, o Hamas aplaudiu o anúncio como um "passo positivo na direção certa". No contexto europeu, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, argumentou que reconhecer no papel algo que não existe pode ser contraproducente. O Reino Unido e a Alemanha também indicaram que, para já, não seguirão o exemplo francês. Em Portugal, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que o país "sempre esteve e estará" aberto ao reconhecimento, mas que a decisão será tomada em coordenação com os parceiros europeus e deverá ter um "efeito útil". A decisão unilateral de França coloca pressão sobre a UE para definir uma política externa comum mais assertiva, mas, ao mesmo tempo, evidencia a dificuldade em alcançar um consenso sobre o conflito israelo-palestiniano.
