Durante um diálogo com o seu homólogo angolano, João Lourenço, o Presidente português defendeu um "novo empenho europeu na compreensão de África", salientando que a cooperação é "inevitável" em áreas como a transição digital e energética. João Lourenço, por sua vez, destacou que a Europa "pode fazer mais e melhor" em África, um continente com um enorme potencial demográfico e de recursos. Argumentou que o investimento europeu em África poderia evitar a imigração irregular, permitindo que os jovens africanos sirvam o mundo em melhores condições. O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, reforçou esta visão, projetando que "400 milhões de africanos vão falar português em 2100" e que "não há futuro para a humanidade sem África". O ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, acrescentou que a Europa tem uma "oportunidade histórica de olhar para África como um continente de grandes oportunidades" e não apenas de risco. A cimeira UE-União Africana, agendada para novembro em Luanda, foi apontada como um momento crucial para fortalecer esta parceria.
