Durante as negociações do acordo comercial com a UE, o Presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou os membros da NATO a aumentarem as suas despesas de 2% para 5% do PIB. Embora a meta oficial da aliança seja de 3,5% até 2029, a pressão norte-americana está a acelerar os investimentos. A Alemanha, em particular, está a posicionar-se para liderar o rearmamento europeu, planeando quase triplicar o seu orçamento de defesa para cerca de 162 mil milhões de euros anuais até 2029. Este investimento visa fomentar uma indústria de defesa europeia, com foco em áreas como a inteligência artificial e os drones, para reduzir a dependência de empresas americanas. Países do Báltico, como a Lituânia, já se comprometeram a ultrapassar a meta dos 5%, instando outros aliados a seguir o exemplo. Em Itália, discute-se a possibilidade de incluir grandes projetos de infraestruturas, como a ponte para a Sicília, na despesa da NATO. Esta mudança estratégica reflete a perceção de que a segurança europeia já não pode depender exclusivamente das garantias dos EUA, exigindo um reforço significativo da autonomia e capacidade militar do continente.
