Numa declaração conjunta assinada em Nova Iorque, Portugal, juntamente com outros 11 países europeus, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, expressou a “vontade ou a consideração positiva” em reconhecer o Estado da Palestina como “um passo essencial para a solução de dois Estados”. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou que se vive um “ponto de viragem”, elogiando os compromissos assumidos pela Autoridade Palestiniana, como a condenação do terrorismo e o apelo ao desarmamento do Hamas. A França foi mais longe, com o presidente Emmanuel Macron a anunciar que o reconhecimento formal ocorrerá na Assembleia Geral da ONU em setembro, uma decisão que Israel considerou “uma recompensa ao terror” e que arrisca criar “mais um agente iraniano”. O Reino Unido adotou uma posição condicional, com o primeiro-ministro Keir Starmer a afirmar que o reconhecimento acontecerá em setembro se Israel não cumprir um conjunto de condições, incluindo o fim da “situação catastrófica em Gaza” e um cessar-fogo. Estas movimentações seguem-se ao reconhecimento já efetuado por Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovénia no último ano, demonstrando uma crescente coordenação e alteração na política externa europeia face ao conflito israelo-palestiniano.
