A nova legislação da UE, que entra em vigor em outubro, visa garantir maior transparência na publicidade política e proteger o espaço democrático contra a interferência estrangeira e a manipulação. As regras exigem que as plataformas indiquem claramente os anúncios políticos, quem os financia e por que razão um determinado utilizador está a ser alvo dessa publicidade. A Meta, que tem criticado regularmente a legislação europeia, considera as novas regras “impraticáveis”. Num comunicado, a empresa afirmou: “Trata-se de uma decisão difícil, tomada como resposta ao novo regulamento da UE”. A suspensão representa uma mudança drástica na política da gigante tecnológica e terá implicações significativas para as campanhas eleitorais futuras nos 27 Estados-Membros, que dependem fortemente das redes sociais para chegar aos eleitores. A medida evidencia o crescente confronto entre as grandes empresas de tecnologia e os reguladores europeus, que procuram impor um maior controlo sobre o ambiente digital para proteger os processos democráticos.
