A decisão foi comunicada numa carta diplomática sobre a situação humanitária em Gaza. O executivo neerlandês justifica a proibição de viagem com o facto de os dois ministros de extrema-direita terem “incitado repetidamente à violência dos colonos israelitas contra a população palestiniana”. Além disso, o governo dos Países Baixos acusa-os de defenderem “de forma constante a expansão dos colonatos ‘ilegais’” e de terem apelado à “limpeza étnica” na Faixa de Gaza. A medida implica que os nomes de Smotrich e Ben-Gvir serão registados como “estrangeiros indesejáveis no sistema de registo Schengen”, o que na prática lhes veta a entrada na maior parte do território da União Europeia. A ação de Haia reflete a crescente frustração e divisão dentro da UE em relação à condução da guerra por parte de Israel e às posições radicais de membros do seu governo de coligação. A medida isola ainda mais os elementos mais extremistas do governo de Netanyahu no cenário diplomático europeu.
