O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, criou um grupo de trabalho para desenvolver a proposta formal de assistência financeira. Embora o ministro não tenha revelado os detalhes dos projetos que Portugal pretende liderar, a adesão ao programa SAFE (Supporting European Defence) é um passo concreto para o país se alinhar com as novas prioridades de defesa da UE. O programa permite que os Estados-Membros obtenham empréstimos em condições vantajosas para a aquisição conjunta de armamento e para o desenvolvimento da indústria de defesa. Esta movimentação de Portugal ocorre num contexto de crescente pressão para que os países europeus aumentem o seu investimento militar, impulsionado pela guerra na Ucrânia e pelas exigências da NATO. O Governo português vê nesta iniciativa uma oportunidade não só para modernizar as suas Forças Armadas, mas também para posicionar a indústria nacional em consórcios europeus, alinhando-se com a estratégia de “Rearmar a Europa” e de reforçar a autonomia estratégica do continente.
