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Política August 2, 2025

UE e EUA selam acordo comercial sob críticas de cedência europeia

A União Europeia e os Estados Unidos alcançaram um acordo comercial que estabelece uma tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, pondo fim a um período de incerteza, mas gerando um intenso debate sobre os seus termos e o equilíbrio de poder nas relações transatlânticas.

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A decisão, vista como uma cedência estratégica por parte de Bruxelas, implica compromissos significativos nas áreas da energia e da defesa.

O acordo foi amplamente recebido na Europa como uma capitulação perante as táticas negociais agressivas do Presidente dos EUA, Donald Trump.

O antigo ministro da Economia português, Manuel Caldeira Cabral, descreveu a abordagem de Bruxelas como pragmática, mas admitiu ter havido "alguma capitulação" para lidar com o "bully americano".

Os termos do acordo são exigentes para a Europa: a UE comprometeu-se a adquirir 750 mil milhões de dólares em energia norte-americana, a investir 600 mil milhões de dólares adicionais nos EUA e a aumentar as compras de equipamento militar americano.

Esta estrutura levou figuras proeminentes, como o ex-secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a classificar o pacto como uma "colossal derrota" e uma "humilhação" para a Europa.

A reação em França foi igualmente contundente, com o Presidente Emmanuel Macron a lamentar que a Europa "não é suficientemente temida" na esfera internacional.

Em contraste, a Comissão Europeia, através do comissário Maroš Šefčovič, defendeu o acordo como "o melhor que poderíamos obter em circunstâncias muito difíceis".

Já o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou-o "bom para os dois lados", citando os dados de crescimento económico como prova do seu benefício mútuo.

O acordo é visto por muitos analistas como um triunfo da política protecionista de Trump, que mina a autonomia estratégica europeia e impõe pesados custos económicos em troca de estabilidade comercial.

ai briefingEm resumo
O acordo comercial estabiliza as relações transatlânticas, mas a um custo elevado para a União Europeia, que se viu forçada a fazer concessões significativas em matéria de energia e defesa, gerando fortes críticas internas sobre uma percebida perda de soberania e uma vitória estratégica para os Estados Unidos.

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