A declaração foi assinada numa conferência da ONU e inclui importantes Estados-Membros da UE como França, Espanha, Irlanda e Eslovénia, que, juntamente com a Noruega, já formalizaram o reconhecimento em 2024.
O Governo português, liderado por Luís Montenegro, anunciou que irá ouvir o Presidente da República e os partidos com assento parlamentar antes de uma possível formalização em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.
A decisão gerou um debate aceso em Portugal.
Os partidos de esquerda, incluindo PS, Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN, apoiam a medida, mas criticam o Governo por agir de forma "tardia", argumentando que a decisão surge por "pressão exterior" e não por iniciativa própria. Por outro lado, o Chega defende que Portugal deve aguardar por um consenso europeu mais alargado, alertando para o risco de reconhecer um Estado "dominado por forças terroristas". A diplomacia internacional reagiu de forma polarizada: a embaixadora da Palestina em Lisboa classificou a intenção portuguesa como um passo "importante e corajoso", enquanto o embaixador de Israel em Portugal a considerou um "prémio para o terrorismo". Este movimento coordenado de várias nações europeias assinala uma viragem estratégica, que deixa de condicionar o reconhecimento a um acordo de paz final, passando a utilizá-lo como um instrumento diplomático para pressionar por uma solução de dois Estados.