UE avança com programa de empréstimos para reforçar a Defesa
Dezoito Estados-Membros da União Europeia, incluindo Portugal, manifestaram interesse em aceder ao programa europeu de empréstimos a condições favoráveis para o reforço da Defesa (SAFE). Esta iniciativa visa mobilizar até 150 mil milhões de euros para investimentos conjuntos, assinalando um passo significativo na consolidação da cooperação europeia em matéria de segurança e defesa. Portugal formalizou o seu interesse em aderir ao programa, tendo o Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, criado um grupo de trabalho para desenvolver o pedido formal de assistência financeira.
O país ambiciona liderar dois dos projetos a serem financiados, embora os detalhes específicos ainda não tenham sido revelados.
Esta movimentação insere-se numa tendência mais vasta a nível europeu, impulsionada pela guerra na Ucrânia e pela instabilidade geopolítica global, que tem levado os Estados-Membros a aumentar significativamente os seus orçamentos de defesa e a procurar maior cooperação.
O programa SAFE foi concebido para facilitar a aquisição conjunta de capacidades militares e o investimento em projetos de defesa, com o objetivo de aumentar a eficiência dos gastos e reforçar a autonomia estratégica da União Europeia. A participação ativa de Portugal, e a sua ambição de liderar projetos, indica um compromisso crescente com o seu papel na arquitetura de defesa europeia em evolução, procurando não só modernizar as suas Forças Armadas, mas também contribuir para a segurança coletiva do bloco.
Em resumoO elevado interesse no programa SAFE, incluindo a participação ativa de Portugal, reflete uma viragem estratégica na UE em direção a um maior investimento e colaboração no setor da defesa, visando fortalecer as capacidades de segurança coletiva do bloco face às atuais ameaças geopolíticas.
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